segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Resenha: Absolut Repair - L'oreal Professionnel - Série Expert

Bem, eu demorei a fazer uma postagem sobre essa linha em todas as postagens que já fiz em todos os blogs, simplesmente porque não sou nenhum fã da L'oreal. Pelo contrário, acho que ela está longe de estar no patamar de "uma das melhores marcas que conheço".

Obviamente eu me refiro à linha de tratamento da Série Expert. Já tive oportunidade de testar ainda kerastáse e matrix, ambas do Laboratório L'oreal. Matrix é muito boa, tem um serun maravilhoso. Já a Kerastase é mais fraca de caldo de bila, pelo menos a máscara Masquintense. Mas não estou aqui pra falar de toda a L'oreal, mas apenas da linha Absolut Repair.

Um dos motivos que resolvi fazer logo essa resenha é que a L'oreal lançou a Absolut Repair Celular. Não espero que chegue ao Brasil tão cedo, tendo em vista o descaso do Laboratório com um dos maiores mercados consumidor de beleza do mundo. Pois bem, imagino que essa linha venha a substituir a Absolut Repair convencional, mas ainda não tenho certeza por motivos óbvios.

A linha promete reparar completamente os danos do cabelo e se diz rica em ceramida, ceras vegetais e filtro UV. Apesar de empregada no plural, a máscara só possui UMA cera vegetal, a cera de candelila. Quem já teve a oportunidade de ler a fórmula, pode perceber que ela não possui nada de proteína, são só lipídeos. A ceramida é um ativo responsável por selar as escamas e evitar que o cabelo perca os nutrientes. Pois bem, irmão, vos pergunto: de que adianta passar ceramida num cabelo que não tem PORR* NENHUMA pra perder? A ceramida, por si só, não reconstrói o cabelo. Só faz sentido se houver pelo menos uma reposição protéica atrelado ao ativo. Em outras palavras, só pela fórmula, noto que a Absolut Repair funciona como maquiagem. Ela mais evita danos do que os repara.

A linha é composta por Shampoo, condicionador, máscara, creme para pentear, termorreparador (Termo Repair), ampolas (Power Repair B e Renew C - esta em bisnaga) e serun. Já tive oportunidade de testar shampoo, condicionador, máscara, Power Repair B e serun. A Renew C e os dois cremes sem enxágue não serão opinados.


Shampoo - tiro o chapéu. O shampoo é MUITO bom. Ele é ótimo para aquele cabelo em petição de miséria, pois não resseca e não embaraça nada. Foi um dos shampoos mais hidratantes que já usei e tem um bom rendimento. Custa cerca de R$55,00 para o consumidor final. Dá pra encontrar mais barato, sobretudo se você tiver cartão de crédito internacional. Lembrando que quem for na Europa pode comprar até em supermercado a embalagem de 1L, haha.

Condicionador - Passe água no cabelo! O efeito é o mesmo, ahahaha. O condicionador é absolutamente fraco. Não tem nenhum poder desembaraçante. Só passa por causa do shampoo que não embaraça. Para o consumidor final sai por cerca de R$65,00.

Máscara - Os R$120,00 mais mal gasto da minha vida! Não sei onde estava com a cabeça de comprar logo a embalagem de 500g. Ela é MUITO RUIM. Deixa o cabelo pesado e meio armado ao mesmo tempo. Deixa aquele toque meio áspero. É horrível para massagear de tão consistente e tem um péssimo rendimento. A longo prazo até deixa o cabelo hidratado, mas a proposta da máscara não é HIDRATAR, mas sim REPARAR. Na boa, a Midollo di bamboo da Alfaparf dá de 10 a 0.

Ampola Power Repair B - Essa ampola é boa. Custa entre R$13,00 e R$18,00 para os desafortunados cearenses. Em SP você compra pela metade do preço. A ampola promete reconstruir as ligações lipídicas do fio. Ela deixa o fio mais encorpado e bem macio. Rende muito. Vale a pena experimentar.

Serun - O serun é MUITO BOM! Dou o braço a torcer - os seruns da L'oreal são perfeitos. Contudo não acredito que valham o preço, tendo em vista que já usei coisas da mesma qualidade e mais em conta (Cristalli Liquidi e Opti.smooth da Matrix, haha). Tem um rendimento bom. Possui álcool, não é todo serun com álcool que é bom. Mas os da L'oreal são. 

Resumindo - a linha possui bons e maus produtos. Quem é fã da Absolut Repair tente experimentar a Xtreme Repair da Doctor Hair. Essa dupla de shampoo e condicionador é que tratam o cabelo de verdade! 

Como não tenho nenhum respeito pelos meu colegas, serei bonzinho com os meus leitores e vou postar o passo-a-passo da Cauterização Molecular:

1. Lavar com shampoo Pure Resource. Enxaguar.
2. Aplicar Renew C.
3. Massagear, para uma melhor distribuição e penetração do produto.
4. Retirar cerca de 80% da umidade com secador.
5. Passar a chapa para selamento térmico, de forma a ampliar a durabilidade do tratamento.
6. Umedecer o cabelo e aplicar shampoo Absolut Repair. Enxaguar.
7. Retirar o excesso de água. Aplicar Power Repair B, mecha a mecha. Enxaguar.
8. Distribuir sérum Absolut Repair nos cabelos enxutos, mecha a mecha, especialmente nas partes mais danificadas.
9. Escovar.
10. Finalizar com sérum Absolut Repair, para selagem das pontas duplas e intensificação do brilho.  

Quem gostar da linha aí está os passos. É bem simples de fazer, o problema está em ter todos os produtos. Mas o Pure Resource pode ser trocado por um shampoo anti-resíduos convencional.  E no lugar de escovar com o serun, eu usaria o Termo Repair, já que ele reforçaria o procedimento, que teoricamente é pra cabelos pra lá de detonados. O problema é que cabelo pra lá de detonado nem aguenta prancha, haha.

Boa tarde
XD

domingo, 25 de setembro de 2011

Sobre os seruns, silicones, reparadores de pontas e o diabo a quatro!

Segundo o bom e velho Wikipédia:     
  
Derivado do cristal de rocha quartzo, é considerado produto inorgânico; devido a isto, tem como uma de suas principais características, a vida útil mínima de 10 anos. Os silicones são altamente resistentes ao ultravioleta e intemperismos, tais como efeito ozona, altas ou baixas temperaturas ambientes (em geral de -45 a +145°C). Tecnicamente chamados de siloxanos polimerizados ou polissiloxanos, eles são polímeros mistos de material orgânico e inorgânico com a fórmula química [R2SiO]n, onde R = grupo orgânico como metil, etil, e fenil. Esses materiais consistem de um esqueleto inorgânico silício-oxigênio (…-Si-O-Si-O-Si-O-…) com grupos laterais orgânicos ligados aos átomos de silício. Variando o comprimento da cadeia principal, o tipo dos grupamentos laterais e as ligações entre cadeias, os silicones podem ser sintetizados com uma grande variedade de propriedades e composições. Podem variar de consistência líquida a de gel, borracha ou plástico duro. As características físico-quimicas das siliconas são especialmente determinadas pelo fato da grande mobilidade da sua cadeia, uma vez que o impedimento espacial é pequeno neste grupo de produtos.”

Só pra ter uma noção geral. No mercado de cosméticos (mais especificamente o ligado aos cuidados com os cabelos), existem inúmeros tipos de silicones, cada qual com sua característica. Um dos mais comuns, por exemplo, é o dimeticone, que proporciona um toque macio, mas infelizmente é um produto insolúvel em água quando sozinho (sempre que na formução vier “dimethicone *****, ele já se torna solúvel). Venho notando que nos seruns, o Fenil trimeticone também vem se tornando cada vez mais comum, já que é uma das substâncias conhecidas que mais conferem brilho ao cabelo.

Hoje eu resolvi falar de algo que anda deixando muita gente com a pulga atrás da orelha: o uso de silicone no cabelo. Depois da popularização do No Poo (técnica de lavagem com condicionador que não possua silicone insolúvel em água – para cabelos cacheados), o silicone tem sido vítima de algumas injustiças (pobre sisi, haha). Muitas marcas, principalmente as vegans, andam deixando de usar silicones em sua formulação, o termo “silicone free” tem se tornado cada vez mais comum, quase um “sem sal” da vida. A verdade é que o silicone não prejudica em nada o cabelo, pelo contrário ele é indispensável! Só quem pode se dar ao luxo de deixá-los de lado, são as adeptas do No Poo. Quanto a nós, meros mortais destituídos de cachos definidos, podemos sim usar silicone, já que utilizamos shampoos para lavar os cabelos – ou melhor, usamos sulfato. Vale ressaltar que quem usa shampoo sem sulfato, deve evitar o uso de silicones insolúveis em água. O ideal era que eu disponibilizasse a lista dos solúveis e insolúveis, mas como estou extremamente intolerante, deixarei que a cara leitora deixe de preguiça e procure no google, ou espere pela minha boa vontade, que será em breve. Quem sabe ainda hoje? Haha.

Enfim, não vou me deter muito nessas técnicas de lavagem. Hoje vou falar apenas sobre os seruns/silicones/reparadores de pontas/minâncora, ou como um colega de trabalho fala: aquele oleozinho! Vou falar da importância do silicone e como ele pode ajudá-la a subir na vida, como escolher um bom produto e recomendar alguns que já usei.

Vamos lá: o silicone possui uma função muito parecida com a ceramida (a L’oreal que me perdoe) – selar as escamas e evitar que o cabelo perca nutrientes (sim, o amado ativo de quase todos os produtos da L’oreal Professionnel que nós compramos caríssimo só faz isso, sinto muito). O silicone ganha mais pontos no meu conceito, não apenas por ser um ativo mais barato, mas também por ter algumas vantagens sobre a ceramidas maldita. Ele ajuda a reter líquido dentro do fio, impermeabilizando-o, preechendo lacunas de falhas na cutícula, deixando-as seladas e evitando que se abram novamente. Só por isso, o produto já se torna indispensável para cabelos com química, ressecados e tingidos. Embora o silicone não restaure pontas duplas (só a tesoura o faz), ele impede que elas se formem.

Sempre é uma boa dica usar silicone ao finalizar uma escova ou ao fazer uma reconstrução, já que o cabelo poroso absorve e perde queratina muito rapidamente. Assim o silicone selará a queratina lá dentro. Funcionaria quase como uma cauterização, mas sem fonte de calor. Embora eu deva dizer que acho cauterização uma reconstrução muito grosseira, indico apenas para fios que não estejam tããão danificados. Dependendo do estado, até piora a situação. Mas isso é cena de outro capítulo.

O silicone também é o produto ideal para proteger o cabelo do calor do secador. Ele se distribui com facilidade e de forma uniforme sobre o fio, além de distribuir melhor o calor e fazer com que o fio demore mais para aquecer, evitando quebras e danos. Ele também impermeabiliza o fio, evitando que a umidade do ar interfira no resultado da escova.

Ao escolher um silicone/serun, a primeira coisa que eu olho é se tem óleo mineral/parafina líquida na fórmula. Se tiver, eu dispenso de cara. Em seguida olho a textura. Se for muito consistente (grosso), também dispenso. O serun, quanto mais leve, melhor. Deixa o cabelo mais solto, com mais leveza e mais brilho.
Um dos meus seruns preferidos é o da linha Smooth.care da Matrix. Ele é levíssimo e tem um cheiro de um perfume que vira e mexe eu sinto na Meet, haha. É rico em ceramida (a patenteada pelo laboratório L’oreal) e óleo de semente de damasco. Possui dimeticone, que é insolúvel em água. Não é liberado para os adeptos do No Poo. Esse serun é um dos melhores que já usei. Custa por volta de R$59,00. O melhor redimento que já vi. Os seruns da Phytoervas tem um efeito bem próximo com a vantagem de custar R$15,00.
Outro maravilhoso é o Cristalli Liquid da Alfaparf Milano. É rico em óleos vegetais, sobretudo o de linhaça (a linha é Semi di Lino, né?), possui silicones bem leves. O cheiro é delicioso, espalha super bem e é um dos que já usei que mais proporciona brilho. O fio fica absurdamente macio ao toque, a ponto de você não parar de passar a mão. A desvantagem dele é o rendimento. Rende pouquíssimo. Comprei por R$65,00 num salão.

Mais um que recomendo é baratinho: Color Shock da Vive. Ele é líquido, em spray. Não possui água. Tem um aspecto meio oleoso, mas não possui óleo na composição. Apenas silicones e conservantes. O cheiro do produto é meio neutro. Possui filtro solar. É o serun que proporciona mais brilho ainda que o Cristalli Liquidi. Tem que ser usado com cuidado, se borrifar de perto, vai ficar com aspecto estranho. Recomendo borrifar na mão e depois aplicar no cabelo. Fica inacreditavelmente sedoso. Custa em torno de R$22,00.
Por último, o salva vidas. Vos apresento o Sealed Ends Repair Rescue da Schwarzkopf (escrevi sem olhar, nada de copiar e colar, hahaha). Esse é o único que tem um efeito melhor quando usado no cabelo molhado, diferente dos outros que fica melhor nos cabelo secos. Normalmente eu uso ele até mesmo antes de um leave in. É rico em proteínas vegetais hidrolisada e tem uma textura meio cremosa, que vira algo mais siliconado quando se esfrega nas mãos. A desvantagem é que tem glicerina, que “chupa” a umidade do ar, não é bom usar na escova. Se bem que o silicone em si, já resolve esse problema!

Não tive muito tempo pra elaborar esse post, mas espero ter sido de ajuda. Qualquer dúvida será respondida nos comentários.
Fazia tempo que não postava, mas vou fazer o possível para o blog continuar funcionando. Até mesmo pq teve uma quantidade muito boa de acesso em tão pouco tempo de atividade.

Boa tarde e bom domingo!